domingo, 24 de agosto de 2014

Biografia de Toquinho

Antônio Pecci Filho mais conhecido como Toquinho.

         Toquinho nasceu em, São Paulo, no dia 6 de julho de 1946. Filho de Antônio Pecci e de Diva Bondeolli Pecci, descendentes de italianos. Por ser uma criança pequena era chamado pela mãe de "meu toquinho de gente", o que acabou sendo seu nome artístico.
A música começou a entrar na sua vida, ouvindo os discos que seu pai comprava, entre eles, Luis Gonzaga, Angela Maria, Francisco Alves, Orlando Silva, o trompetista Ray Antony, a orquestra de Ray Coniff, entre outras. Influenciado por João Gilberto e Carlinhos Lira, teve suas primeiras aulas de violão com a professora Dona Aurora, que já via em Toquinho um grande talento. Teve aulas de violão com Paulinho Nogueira e de violão clássico com Isaías Sávio.
Iniciou a sua carreira em apresentações musicais em colégios e faculdades. Mas foi nos shows promovidos pelo radialista Walter Silva, no Teatro Paramont, que o cantor profissionalizou-se.
Em 1969, passou sete meses na Itália, com Chico Buarque e participou da gravação de um disco em homenagem a Vinícius de Morais. Vinícius admirado com o violão de Toquinho convida o músico para acompanhá-lo numa temporada na Argentina. Foi o começo de uma grande parceria e amizade.
As primeiras canções de Toquinho tiveram vários parceiros, entre eles, Vitor Martins, Chico Buarque e Paulo Vanzolini. Com Vinícius musicou o livro A Arca de Noé, o que resultou em dois discos “A Arca de Noé” e “A Arca de Noé 2”, lançados em 1980 e 1981. As músicas, com diversas parcerias, fizeram muito sucesso e participaram de vários musicais para a televisão.


Em 1983, continuando seu trabalho voltado para o mundo infantil, lançou o disco “Casa de Brinquedos”. Em 1986, lançou, em parceria com Elifas Andreato, um trabalho inspirado na “Declaração Universal dos Direitos da Criança”, que resultou no disco “Canção de Todas as Crianças”, lançado em 1987. Em 1997 lançou “Toquinho e Convidados”, um CD com as músicas inspiradas na Declaração Universal dos Direitos da Criança. Em 2005, foi lançado na Espanha o CD “Canciones de los Derechos de los Niños”.
Entre as músicas de inspiração infantil gravadas por Toquinho, as que mais se destacaram foram: “O Filho que eu Quero Ter” (1975), “Aquarela” (1983), “O Caderno” (1983) e “Ao que vai Nascer” (1984).
Toquinho gostava de ter parceiros para tocar e compor. Mas foi com o poeta e músico Vinícius de Moraes com quem teve sua carreira musical mais profícua, com 120 canções e 25 discos, sendo destaque a canção “Aquarela”.

Aquarela:
Foi composta em 1983.
“É uma letra mágica: desperta a criança que carregamos dentro de nós, reforça o romantismo da amizade, aviva as delícias de se ganhar o mundo com a rapidez moderna, e, por fim, nos alerta para o enigma do futuro que guarda em seu bojo a implacável ação do tempo, fazendo tudo perder a cor, perder o viço, perder a força”. Toquinho

Essa música tem realmente um aspecto emocional muito forte,  as pessoas ouvem e se envolvem.



Musica Aquarela:


Letra:
      Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
E se a gente quiser ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
Depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá








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